sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lírios.


[...] uma nobreza estampada, em cada pétala, como que gravada e talhada à mão, delicadamente, com toda uma precisão, e estivesse ali, presente à anos. Um grande sentimento de que quer proteger, de que manter para si, como um rei que deseja sua terra, não só por ela lhe pertencer, mas porque pertence a ela. A sensação de uma mãe que para si quer, sempre, ou em carne ou em energia, manter próximo aqueles a que ela gerou ou aqueles a quem ela permitiu que ocupassem seu músculo cardíaco. Como um calor, aquela sensação gostosa de verão, de quando nos despedimos de um frio e nos expomos ao sol. Radiante. Uma vida boa, uma companhia boa. A fertilidade de quem planta lírios no coração daqueles que gostamos é essa: a certeza de que irá florescer eternamente, em um jardim inocente, espôntaneo.
uma tradução perfeita para quando se oferece um lírio ou quando se escolhe plantá-lo com alguém-é o mesmo que dizer: ''te desafio a me amar''. Um desafio incrível: ser convidado a não só amar (em um amplo sentido), mas conhecer outro alguém por dentro. É uma sensação tão boa...Reflete em cada face nossa.Em cada pétala. Como se despetalar para algo. Em carne ou energia. Para ocupar nosso músculo cardíaco.



(para mim, essa é uma boa visão de um relacionamento,independente de qual for o tipo.)


EPortela.

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