quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Então...

[...] o que é paz, o que é calma, como trazer essa tal de calma para perto, como descobrir se realmente ela está longe, para depois descobrir se há uma distância suficiente para que se possa sentir saudade. o que é paz, o que é respirar em meio ao silêncio, ser capaz de ouvir sua própia respiração, e contar vagarosa e despreucupadamente, as batidas do seu coração. o que é paz, ao lançar-me nisso, ao lançar-me para laçar-me, é deitar na rede sossegadamente, dar aquela risada alta, sem ficar olhando para o relógio. o que é paz, é ouvir a música que traz uma lembrança, é comer uma coisa boa, é falar bobagem. É quando você se pega de súbito, e vê-se pensando em pleno dia, em nada; é quando sua cabeça está naquele único minuto do seu dia, vazia. Vazia de expressões, como sua testa, vazia de expressões, quando você se perde e se perde, quando você é derrotado pelas suas própias reflexões. e a paz, é quando você fecha os olhos, aperta-os, e vê aquele mar de verde e cores incríveis que você nem sabe o nome ( e essa é a beleza, aquilo que é inominável). aquele mar que lança, despreucupadamente, em pleno dia, é respirar em meio ao silêncio, é ouvir aquela música que traz uma lembrança, ser capaz de ouvir, sem ficar olhando para o relógio, como trazer essas batidas do coração, para lançar-me nessa rede.

e isso é paz. É a desordem, é o aleatório, que vem e vai.
Até você parar. E respirar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário