domingo, 27 de abril de 2014

Retorna à raiz de ti mesmo.



Não te afastes 
Chega bem perto
Cria. Não sejas infiel
Encontra o antídoto no veneno
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Moldado em barro, misturado porém a substância da certeza
Tu, guardião do tesouro da luz sagrada
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Ao vislumbrares a dissolução 
Serás arrancado de ti mesmo
E libertado de tantas amarras
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nasceste dos filhos, dos filhos de Deus
Mas fixaste muito abaixo a tua mira
Como pode ser feliz assim?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


És o talismã que protege o tesouro
E também a mina onde se encontra
Abre teus olhos. Vê o que está oculto
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nasceste de um raio da majestade de Deus
E carregas a bênção de uma estrela generosa
Por que sofrer nas mãos do que não existe?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Aqui chegaste embriagado e dócil
Da presença daquele doce amigo
Que com o olhar cheio de fogo, roubou nossos corações
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nosso mestre e anfitrião 
Colocou a taça eterna diante de ti
Glória Deus, que vinho tão raro!
Vem. Retorna à raiz da raiz de teu ser.

[poema árabe]

Nenhum comentário:

Postar um comentário