quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Confissão Rápida.

o clichê me assusta, a paisagem me encanta, e eu só faço rir à toa, ficar de boa, relaxar.

pois, porra, o que eu digo é isso mesmo, não me contrarie, não venha com ''eu acho'' porque eu quero é a certeza, porque quem acha, não acha nada, não tente me tirar do sério que você não consegue. Pra me deixar de dia ruim eu te dou é nil chances pra tentar, e talvez em uma tu acerte. Tenho a calma da maré à tarde, e a fúria contida de um ciclone tropical, quando você menos imagina eu já imaginei antes e já fiz. (riso) Eu não fiz nada, e tudo vem, tou certo de que é assim mesmo, rapaz!
(pausa) aquele cigarro pra passar o tempo, pra confessar no íntimo, estou tão bem, calmo e tranquilo.
[Verdade] E é do tipo que vem sem nem querer, as verdades que saem em uma mesa de bar.
A boemia está na alma, nega.

Mais uma confissão rápida.

para Emanuele Rodrigues.

como ímas, como uma primeira impressão, como nós. Juntos, apenas com o intuito de proteger, de se ter, de querer, o bem,de compartilhar com você e ser compartilhado por você, uma divisão que gera múltiplos, uma soma que não gera espaço pra subtração, uma soma constante dos contrastes, dos altos e baixos, dos brancos e pretos, de irmandade e espírito, assim te tenho, amor, irmã, amiga, companheira.

A corrupção é muito pior do que se imagina.

Um teste realizado com 244.836 crianças da primeira série do ensino fundamental dá uma valiosa pista sobre os meios de produzir melhores alunos. A imensa maioria dos que passaram pela pré-escola teve melhores notas em língua portuguesa.
Dos que obtiveram ótimo, a nota máxima, como conceito somente 10,2% não tinham passado pela chamada educação infantil. Esse é apenas um detalhe observado num exame (Saresp) em que se avaliaram 4,5 milhões de alunos paulistas -grande parte dos quais da rede estadual- do ensino fundamental e médio.
Diagnóstico: os cidadãos que tiveram a oportunidade de serem estimulados desde o berço demonstraram mais chance de progresso intelectual e profissional. Prognóstico: se o poder público investir em educação infantil, os futuros trabalhadores serão mais qualificados, e os cidadãos, mais educados.
Apesar da extensão do teste realizado pela Cesgranrio, com inúmeras lições sobre avanços e deficiências -é inédita no Brasil uma avaliação de 4,5 milhões de alunos desse nível de ensino-, houve baixa repercussão.

Primeira explicação: ainda não nos convencemos, de fato, da importância do capital humano para o desenvolvimento de uma nação. Segunda: o país ainda não sabe que a gestão sofrível, além de retardar a qualificação dos cidadãos, é o maior ralo de dinheiro público que existe no país. Terceira: a onda de suspeitas de corrupção, em ritmo de espetáculo, concentra quase toda a atenção.
Na semana passada, num debate na Folha, o ministro Patrus Ananias, o secretário do Desenvolvimento Social do município de São Paulo, Floriano Pesaro, Lena Lavinas, da UFRJ, e Marcelo Nery, da FGV-RJ, demonstraram uma série de divergências. Concordaram, entretanto, em que as centenas de bilhões de reais drenados em programas de educação, saúde e assistência social poderiam ser mais bem usadas se tivéssemos mais indicadores e melhor gerência.
Como os gastos sociais significam, nos três níveis de governo, 25% do PIB (R$ 1,8 trilhão), estamos falando de R$ 470 bilhões. É sabido que parte desse dinheiro se perde na ineficiência. Por exemplo, falta de foco, dispersão de programas e dificuldade de entrosamento das ações em âmbitos municipal, estadual e federal.

Na galeria de assuntos vitais e submersos na barulheira da crise política está o Fundeb -a proposta de uma nova repartição de recursos da educação, que altera o financiamento dos ensinos médio e infantil. Foi proposto o aumento do ensino fundamental para nove anos. O problema gira em torno dos especialistas, longe, muito longe, dos beneficiários da educação: pais e seus filhos.
Um grupo de especialistas, por exemplo, lamenta que as creches tenham ficado de fora da proposta. Pesquisas e mais pesquisas têm demonstrado como o estímulo na fase de zero a três anos de idade é decisivo no desenvolvimento das crianças.

O governo federal lançou uma espécie de lei de responsabilidade fiscal aplicada à saúde, cujo objetivo é assegurar mais rigor nos gastos em saúde pública, nos quais existe, como se sabe, muito desperdício. Repercussão zero.
Nas últimas semanas, liberaram-se documentos que revelaram como a disseminação do programa Médico da Família reduziu a mortalidade infantil. Também baixíssima repercussão. É o mesmo impacto das estatísticas divulgadas há dez dias, nas quais se vê a redução da taxa de gravidez de adolescentes no Estado de São Paulo. Essa é uma praga nacional, que envolve 1 milhão de adolescentes todos os anos, sem contar os efeitos deletérios dos abortos. Gravidez na adolescência é uma praga que ajuda a explicar o aumento da miséria e até da violência.
Uma experiência que envolve governo, fundações e empresários, realizada em 2.400 escolas públicas abertas nos fins de semana, conseguiu reduzir os índices de agressão, as depredações, o tráfico de drogas e o desrespeito aos professores. Instrumentalizaram-se, nessas escolas, jovens para atuar como agentes comunitários. Mais uma vez, nenhuma repercussão.

Uma das mais importantes experiências sociais brasileiras é a redução da taxa de homicídios na região metropolitana de São Paulo; só na capital, a queda foi de 40%. Em bairros pobres devastados pela violência, como Heliópolis (120 mil habitantes), Cidade Tiradentes (150 mil habitantes) e Jardim Ângela (120 mil habitantes), graças a engenhosas articulações comunitárias, conseguiram ir mais longe: baixa de, respectivamente, 50%, 70% e 75%. Lembre-se de que, até pouco tempo atrás, o Jardim Ângela era apontado como a região mais violenta do planeta.
A repercussão dessas descobertas limitou-se, ainda assim escassamente, a São Paulo.

O efeito da corrupção é, como se vê, maior do que se imagina. Além do desvio de dinheiro e de abater o moral de todo um país, colabora para tirar ainda mais o foco do que realmente importa numa nação, que é a melhora de seu capital humano, cuja prosperidade significa mais empregos e salários.
PS - Estaremos atingindo um novo estágio de aprimoramento democrático quando nós, da mídia, dermos tantas páginas às mazelas da educação quanto damos à corrupção. Seremos um país de fato desenvolvido quando resultados como o do Saresp produzirem tanta emoção como os resultados futebolísticos. Pode não parecer, mas a habilidade de nossos alunos é mais importante do que a dos jogadores.

[Gilberto Dimenstein]

Hot.

''Seu corpo é fruto proibido,É a chave de todo pecadoE da libido, e pra um garoto introvertidoComo eu, é a pura perdição.''
[Olhar 43 - RPM]

[....] e eu quero trancar você no meu armário, te deixar um bom tempo lá, e te tirar só quando não tenha mais ninguém por perto.. Eu quero colocar a sua mão no meu bolso (porque você tem a minha permissão), quero te levar para o canto, e te beijar sem fazer barulho (se possível fosse, se possível fosse controlar a respiração) Queria ficar assim por um bom tempo, e dá é vontade de gritar aqui bem alto: agora você está na minha, e não pode sair...
Você me deixa tão quente, e me faz querer me deixar levar (isso é tão ridículo) Eu mal consigo parar, e eu respiro com dificuldade... Você me faz querer gritar, isso é tão engraçado.. mas é tão bom pra mim, baby..
Eu posso fazer você se sentir totalmente melhor: apenas aceite. E eu posso te mostrar todos os lugares, onde você nunca esteve (eitaaaa) e eu posso te fazer dizer tudo que nunca disse. Vou te deixar fazer qualquer coisa, de novo e de novo- porque agora você está na minha e não pode sair.
[me beije devagar, pra poder sentir tudo. Me aperte, me leve para a última sala do corredor, desligue as luzes e só se guie pela sua vontade.)
Você me deixa tão quente, e me faz querer me deixar levar (isso é tão ridículo) Eu mal consigo parar, e eu respiro com dificuldade... Você me faz querer gritar, isso é tão engraçado.. mas é tão bom pra mim, baby..

(baseado em Hot - Avril Lavigne. E em algumas coisas por aí.)

from facebook.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ilha de mim mesmo.

''Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo.''
Carlos Drummond de Andrade
 
 
[..] o mais engraçado é ver-me diante das coisas, como se eu pudesse estar alheio a todas elas, distante, e como que quem abriga-se em um forte, cercado de coisas, para defender-me ou distanciar-me. O melhor abrigo que temos, somos nós mesmos, e gastamos horas e horas em um busca inútil e estúpida, tentando esculpir nosso refúgio em alguém ou em outra coisa. Alguém será apenas um reflexo, e uma coisa será apenas um complemento. O que temos, é o que somos. Somos nossa própia fortaleza, e tudo o que buscamos está dentro de nós mesmos. Aí sim, alguém irá nos visitar de barco, irá aportar em nossa ilha, e quem sabe... Permanecer. Mas um viajante é como borboleta solta em uma furacão, nunca se sabe se irá pousar ou se irá permanecer pairando, pairando sem nunca pousar, e não tenho como saber se esse barco irá aportar ou se irá descarregar e depois... Zarpar. Por isso é que me fortaleci, que subi na mais alta palmeira, e pude constatar como tão pequeno sou, diante deste mundo. Como gigante torno-me com minhas ações. E que este sim é o que quero. Permanecer com minhas certezas, com as minhas coisas absolutas, construindo quem sou, porque desde o dia em que deixei de ser abrigado no ventre dEla, tornei-me responsável por cada grito, por cada coisa que fiz e faço. Em cada coisa, em cada gesto, em cada mínima hesitação breve entre o respirar e o inspirar, trago pra dentro de mim, a certeza de quem sou e do que sou capaz. De que eu respondo da maneira que eu quero, que sou capaz de tudo e de que este mundo é amplo demais para eu tê-lo para mim, que eu posso sim, fazer o meu mundo, uma ilha, no meio do nada, uma ilha só minha, onde só habitam os meus desejos, aqueles que amo, sem precisar de barcos nem borboletas. Esta é a ilha de mim mesmo. A ilha onde eu me vejo diante das coisas, como se estivesse alheio a elas. Abriguei-me dentro de mim mesmo, onde é mais seguro, mais confiável e onde há mais luz.


[pena que alguns esquecem dessa luz interna e lutam em vão.]

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lírios.


[...] uma nobreza estampada, em cada pétala, como que gravada e talhada à mão, delicadamente, com toda uma precisão, e estivesse ali, presente à anos. Um grande sentimento de que quer proteger, de que manter para si, como um rei que deseja sua terra, não só por ela lhe pertencer, mas porque pertence a ela. A sensação de uma mãe que para si quer, sempre, ou em carne ou em energia, manter próximo aqueles a que ela gerou ou aqueles a quem ela permitiu que ocupassem seu músculo cardíaco. Como um calor, aquela sensação gostosa de verão, de quando nos despedimos de um frio e nos expomos ao sol. Radiante. Uma vida boa, uma companhia boa. A fertilidade de quem planta lírios no coração daqueles que gostamos é essa: a certeza de que irá florescer eternamente, em um jardim inocente, espôntaneo.
uma tradução perfeita para quando se oferece um lírio ou quando se escolhe plantá-lo com alguém-é o mesmo que dizer: ''te desafio a me amar''. Um desafio incrível: ser convidado a não só amar (em um amplo sentido), mas conhecer outro alguém por dentro. É uma sensação tão boa...Reflete em cada face nossa.Em cada pétala. Como se despetalar para algo. Em carne ou energia. Para ocupar nosso músculo cardíaco.



(para mim, essa é uma boa visão de um relacionamento,independente de qual for o tipo.)


EPortela.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

what is...

''we found it, when we're lost and insecure'' ♪

Então...

[...] o que é paz, o que é calma, como trazer essa tal de calma para perto, como descobrir se realmente ela está longe, para depois descobrir se há uma distância suficiente para que se possa sentir saudade. o que é paz, o que é respirar em meio ao silêncio, ser capaz de ouvir sua própia respiração, e contar vagarosa e despreucupadamente, as batidas do seu coração. o que é paz, ao lançar-me nisso, ao lançar-me para laçar-me, é deitar na rede sossegadamente, dar aquela risada alta, sem ficar olhando para o relógio. o que é paz, é ouvir a música que traz uma lembrança, é comer uma coisa boa, é falar bobagem. É quando você se pega de súbito, e vê-se pensando em pleno dia, em nada; é quando sua cabeça está naquele único minuto do seu dia, vazia. Vazia de expressões, como sua testa, vazia de expressões, quando você se perde e se perde, quando você é derrotado pelas suas própias reflexões. e a paz, é quando você fecha os olhos, aperta-os, e vê aquele mar de verde e cores incríveis que você nem sabe o nome ( e essa é a beleza, aquilo que é inominável). aquele mar que lança, despreucupadamente, em pleno dia, é respirar em meio ao silêncio, é ouvir aquela música que traz uma lembrança, ser capaz de ouvir, sem ficar olhando para o relógio, como trazer essas batidas do coração, para lançar-me nessa rede.

e isso é paz. É a desordem, é o aleatório, que vem e vai.
Até você parar. E respirar.