sábado, 24 de fevereiro de 2018

A primeira vista

A primeira vista, talvez seja mais insistente. E pode ser (ou não) como aquele que abre janelas em um dia quente, na tentativa de sentir algum vento. Ou daqueles que buscam por uma lanterna ou até mesmo fogo, no escuro. Assim seria a primeira vista. E o que ela traria? Aquele elo que muitas vezes se firma, e que não consegue ser desfeito. Tal e qual um nó, que não se desenlaça, e faz com que fiquemos olhando diretamente um para o outro. E tentamos disfarçar ou justificar mentalmente, quais seriam os motivos que me fariam olhar de novo, sem arrependimento ou vergonha. Apenas olhar. Que por quantas vezes, fala mais do que as palavras.A boca se abre, tentando dizer nada, tentando dizer algo que se perdeu na gargabta, porque internamente a guerra entre o que se pensa e o que se sente é grande. E nas palavras não ditas, dão tempo para tentar ler algo nos outros olhos. A quantidade de coisas que um olhar transmite, a quantidade de sensações e de ideias, de mundos que ele nos faz ir. Uma hora em um breve instante, só na primeira vista. E me vejo agora sem saber o que fazer. Mas é uma sensação estranha e boa. Algo agridoce. Na tentativa de sentir algo, no escuro.

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