segunda-feira, 29 de outubro de 2018

une lumière de l'intérieur.

Nos momentos de crise é onde ficamos mais abalados e sensíveis..Parece impossível algo de bom acontecer. Vemos o mundo através de uma ótica negativa. Mas acredite, é possível enxergar diferente. A partir de uma crise, das dificuldades, pode-se reconstruir, começar do zero e tentar novamente. Mas somente é possível se você tiver buscando uma luz interior. Se espalhar rancor e ódio, é mais provável que este momento de crise se espalhe por um maior tempo. Tome conta de você. E buscar essa luz interior nem sempre é simples ou fácil, mas acredite, ela está dentro de você.


froideur du vide.

Nada me resta após falar tudo. De repente percebo que nada mais nada me liga a isso. Não existe mais nada. Apenas o vazio, que como um gás, foi se expandindo. Imaginar que aqui antes habitavam tantas coisas. Sonhos, planos, ideias, pensamentos. Associações. Lógicas e sentimentais. Sentimentais e muitas vezes, não lógicas. E agora, nada mais habita. Apenas o silêncio. Por vezes, na noite eu me pegava pensando, tentando fazer de tudo para dizer "não pense nisso". Aos poucos, percebi que estava fazendo mais esforço para tentar lembrar, como se fosse para reavivar alguma coisa, ou para se certificar de que aquelas ideias estavam quase que morrendo. O que fica? Um frio. Mas não daquele incômodos. Um frio pela ausência. A lufada que sopra pós seu castelo (de areia) ter desmoronado. Não deu tempo de torná-lo mais resistente aos intemperismos da rotina. Veio um turbilhão de coisas para se falar, mas nada sai. Todas as palavras que penso são barradas, quando antecipo para cada uma delas, uma provável resposta sua. Porque já imagino o que irei encontrar em seus olhos. Vide. Vazio. E um silêncio. Que não saberemos quebrar. Como sairemos dessa sala sem dizer que nada mais nos resta, a não ser quem sabe, talvez, um aperto de mão. Que a quantidade de coisas que estavam acumuladas dissolveram-se como um remédio em água. As sensações tornaram-se duras. A visão, tornou-se crítica. Os defeitos, ganharam lentes de aumento. E o frio, deu lugar a todo o calor que antes vinha. Ao quente que escorria na bochecha. ao acelerar descompassado no coração. E de repente, percebo que nada mais me liga a isso. Está começando a não existir mais nada. Chega a um ponto que duvido se realmente quero dar cabo nisso, ou se insisto nisso para ver quem sabe se pode dar em algo. Ou se será puro medo de me desfazer de algo com o qual convivi tanto. Quantas vezes disse frases que envolviam as palavras última, nunca, adeus. E agora, nada mais a dizer. Não existem mais associações. Apenas a frieza do vazio.  Apenas sonhos, planos, ideias, pensamentos. Descartados. Colocados em uma lixeira na cabeça. Enquanto amarga uns dias no peito. Nada mais me resta após falar tudo isso.