domingo, 27 de abril de 2014

Retorna à raiz de ti mesmo.



Não te afastes 
Chega bem perto
Cria. Não sejas infiel
Encontra o antídoto no veneno
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Moldado em barro, misturado porém a substância da certeza
Tu, guardião do tesouro da luz sagrada
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Ao vislumbrares a dissolução 
Serás arrancado de ti mesmo
E libertado de tantas amarras
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nasceste dos filhos, dos filhos de Deus
Mas fixaste muito abaixo a tua mira
Como pode ser feliz assim?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


És o talismã que protege o tesouro
E também a mina onde se encontra
Abre teus olhos. Vê o que está oculto
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nasceste de um raio da majestade de Deus
E carregas a bênção de uma estrela generosa
Por que sofrer nas mãos do que não existe?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Aqui chegaste embriagado e dócil
Da presença daquele doce amigo
Que com o olhar cheio de fogo, roubou nossos corações
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo


Nosso mestre e anfitrião 
Colocou a taça eterna diante de ti
Glória Deus, que vinho tão raro!
Vem. Retorna à raiz da raiz de teu ser.

[poema árabe]

Vermelho, Azul e Branco.

[...] de volta a ativa, dessa de escrever em blog.


E de repente, vi nossas linhas se cruzando, tais quais fazem coordenadas geográficas, demonstrando norte e sul de nossas ações, vendo que de leste a oeste nossos pontos tinham de cruzar-se e convergirem para um único ponto. Qual será ele e aonde, isto de nada importa agora. O que importa é povoar. No início, aos poucos vou percorrendo este território inexplorado, com firmeza e curiosidade. Quando percebo que gosto, timidamente dou um grito, logo em seguida urro para afastar o que de ruim deseja habitar a terra que acabei de conquistar. Não, aqui eu quero conhecer. Deixe-me habitá-lo. Conhecê-lo profundamente, defendê-lo caso necessário. Deixe que a gente se permita colonizar as terras um do outro. Como nas histórias que a gente lia na escola. Deixe-me te desbravar, conquistar mais e mais vitórias em ti. Povoado assim estaremos. Precisaremos nos consolidar. Rocha firme e sólida, base para o que vier depois. O depois não nos pertence, nos prendamos ao hoje. O depois, nossas palavras e ações cuidarão de montar para nós. Então iremos guerrear. Comigo, contigo, por mim, por você, por nós. A guerra que travamos sempre de saber o que queremos. O que desejamos. O que imaginamos. Se é em sintonia, se é em harmonia. Para a batalha então. Chegando aqui, vemos e revemos. As dores e as alegrias passadas. As histórias e as experiências.
Rufem os tambores. Ainda há uma batalha a ser percorrida. Aquela que travo comigo mesmo quando o vejo a distância e não posso chegar perto de seus domínios. Quando da fonte, que emerge da depressão que por muitas vezes a vi se desmanchar em sorrisos, não posso beber. Os milissegundos que esta histórica guerra se desenrola, parecem séculos. Anos e anos de combate, anos e anos. Até que por hora, nosso Estado é unificado. Por mim, aqui estamos. Criaremos para nós, um código de conduta, que só a nós cabe saber. Este é o nosso mundo. Nele só nós dois habitamos. Daremos um nome a ele. Sejamos fiéis e nacionalistas, fiéis a nosso território. Que seja forte o quanto durar. Enquanto estas linhas ainda se cruzarem, os meridianos e paralelos nos entregarão a nossa posição. Daremos um símbolo a nós mesmos. Vermelho, azul e branco. Nada melhor do que esta, brasão de revolução que demos em nossas vidas. Nas pequenas coisas, habitam enormes revoluções. Liberdade, fraternidade e igualdade. Obrigado franceses. Vocês deram a cereja para coroar este bolo, bolo para celebrar a criação da Pátria amada, criada por mim, criada por você.